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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Principais doenças de gatos


Apesar das impressionantes sete vidas, a verdade é que há dias em que eles também vão abaixo. Esteja atento aos sintomas que seu gato lhe apresenta –todos têm a ver com as principais doenças que afetam os gatos – e nunca se esqueça da consulta anual no Dr. Veterinário.

PERITONITE INFECCIOSA FELINA (PIF) 
O que é?
Um vírus que contamina o abdomen, o fígado, rins, cérebro e sistema nervoso, criando, nessas zonas, abcessos e infecções. A transmissão pode ocorrer de duas formas: através do contacto do gato saudável com as fezes de um felino contaminado (por exemplo, se existem vários gatos a partilhar a mesma liteira) ou através da amamentação, em que a gata infecta as suas crias. 

Sintomas?
Perda de apetite, emagrecimento, anemia, diarreia, febre constante, abdómen distendido, gânglios linfáticos aumentados (até dá suores frios só de pensar!).

Cura?
Infelizmente, esta é uma doença fatal, não existindo cura. Uma vez diagnosticada, podem não viver muito mais tempo. Aqueles que conseguem fazer frente à PIF, podem viver mais dois anos no máximo, com a ajuda de um tratamento de apoio.

VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA FELINA (FIV)
O que é?
Afetando exclusivamente os gatos, o FIV é um vírus que diminui drasticamente as capacidades imunitárias, o que proporciona o fácil aparecimento de infecções e outras doenças. É transmitido por um gato infectado, nomeadamente na transmissão de sangue, sendo este gênero de contato extremamente frequente durante as “lutas” de gatos onde as “mordidelas” provocam feridas abertas. 

Sintomas?
Podem viver muitos anos (até cinco!) antes de descobrirmos se possuem FIV positivos, mas, se os sintomas como falta de apetite, emagrecimento, febre, diarreia ou dificuldades respiratórias persistirem, é melhor levar ao Dr. Veterinário para fazer o teste. 

Cura?
Uma vez transmitido, o vírus aloja-se no corpo para sempre. Não existe cura, mas podemos viver uma vida normal e longa, desde que o guardião proporcione uma alimentação saudável e equilibrada, complementada com suplementos vitamínicos; que assegure que as vacinas estejam sempre em dia, mantendo-se sempre atento à condição física de seu gato. E, claro, manter-los dentro de casa para não correr o risco dele ficar doente e não poder, dessa forma, infectar nenhum outro gatinho.

VÍRUS DA LEUCOSE FELINA (FELV)
O que é?
Tal como o FIV, também o FeLV é imunodepressivo, retirando ao sistema imunitário, de forma gradual, a capacidade de se defender contra as doenças ou infecções mais banais, podendo essas ser, muitas vezes, fatais. Para além de um maior risco na contração de infecções várias, o FeLV está também associado ao desenvolvimento de tumores ou leucemias mortais. Este vírus, que só pode ser transmitido entre gatos, transmite-se pela saliva, lágrimas, urina, fezes ou através do leite, na fase da amamentação. 

Sintomas?
A descoberta do vírus do FeLV é normalmente antecedida por sintomas como: perda ou falta de apetite, anemia, diarreia, doença respiratória crônica, infecções crónicas da boca, abcessos persistentes e recorrentes. No entanto, cerca de 25 a 30% dos gatos contagiados rejeitam o vírus, evitando assim a infecção; aproximadamente 30% mantém uma concentração elevada do vírus no sangue, com o risco de contrair linfoma ou outra doença associada ao FeLV; os restantes 40% desenvolvem uma infecção que acaba por passar, mas tornam-se portador do vírus, que poderá ser facilmente ativado se o sistema imunitário estiver debilitado ou exposto a outras doenças.

Cura?
Não existindo ainda qualquer cura, dependendo dos cuidados paliativos e de alguns cuidados básicos como a boa alimentação e alguns suplementos vitamínicos; evitar o contato físico com outros animais; não partilhar comedouros, bebedouros, brinquedos e liteiras; e manter-los dentro de casa. Em média, um portador deste vírus vive dois anos, mas existem estudos que apontam para uma taxa de sobrevivência de três anos e meio para cerca de 83% dos felinos. Entretanto, existe uma vacina contra o FeLV que o seu gato pode e deve levar. Informe-se junto do Dr. Veterinário!

SÍNDROME UROLÓGICO FELINO (SUF)
O que é?
Engloba um conjunto de problemas inflamatórios no sistema urinário dos gatos, nomeadamente a cistite (inflamação da bexiga), a infecção (o sangue, o muco e outros produtos associados à zona inflamada proporcionam a multiplicação de bactérias); urolitiase/bloqueio utretral (a cristalização de minerais e a irritação da bexiga e da uretra provocam a formação de cálculos que podem entupir ou dificultar a saída de urina); uremia (acumulação de detritos intoxicantes no sangue, o que é muito perigoso; a inabilidade de urinar significa a acumulação de urina na bexiga e a incapacidade dos rins eliminarem os resíduos).

Sintomas?
Uma enorme dificuldade em urinar (mesmo pequenas quantidades!) ou a incapacidade de o fazer por completo. Se verificar que seu gato não urina no local habitual ou se a urina está manchada de sangue, leve-o ao Dr. Veterinário imediatamente! No caso da uremia, existem ainda outros sintomas – depressão, vômito, fraqueza e colapso – que podem levar ao coma ou à morte.

Cura?
Sendo uma doença bastante comum nos gatos, é facilmente tratada, a começar pela administração de medicamentos adequados e que o Dr. Veterinário receitará. Só em casos extremos é que necessitará de uma intervenção cirúrgica. Para evitar o SUF por completo, bastam alguns cuidados simples: uma alimentação salutar, rações de elevada qualidade, a ingestão de muita água, ambientes anti-stress e anti-doenças.

DIABETES
O que é?
A diabetes é uma doença causada pelo aumento da quantidade de glicose sanguínea, ou seja, de açúcar no sangue. No entanto, é melhor definida como a incapacidade do pâncreas de produzir insulina, o hormônio que regula os níveis de sangue no açúcar. À medida que a glicose se vai acumulando, e na falta da preciosa insulina, o organismo tenta eliminá-la das mais variadas formas e aí surgem os diferentes sintomas. Para além da predisposição genética, a diabetes ataca principalmente os gatos obesos.

Sintomas?
Normalmente, esta doença evidencia-se nos gatos a partir dos seis anos de idade, manifestando-se através de uma sede excessiva, o que os leva a urinar muito mais do que o habitual; juntamente com a perda de peso, apesar do seu apetite normal, que entretanto pode ter aumentado. 

Cura?
Como em qualquer situação relacionada com a saúde, quanto mais cedo for detectada a doença, mais depressa se começa a tratá-la convenientemente. Felizmente a diabetes é uma condição que pode ser perfeitamente controlada, tomando insulina e seguindo uma dieta específica.

OBESIDADE
O que é?
Um em cada dez gatos é obeso, ou seja, tem peso a mais e as causas são várias: vida sedentária, muitas guloseimas e restos de comida na alimentação, deixar o prato de comida sempre à nossa disposição, o dar de comer entre refeições ou cada vez que nós pedimos. 

Sintomas?
Este desequilíbrio nutricional que depressa se evidencia através da acumulação de gorduras indesejadas e pouco saudáveis, pode ter efeitos nocivos a longo prazo: diabetes, problemas pulmonares, dificuldades cardíacas, problemas locomotores e articulares. E qualquer uma destas doenças diminui drasticamente a esperança de vida (nem as outras seis vidas podem salvar aqui!).

Cura?
Não há outro remédio senão incutir bons hábitos no cotidiano do seu felino. Estabelecer um horário fixo para as refeições, que devem ser apenas duas por dia; e incentivar os gatos a brincarem e a algum exercício físico regular.

SARNA
O que é?
Uma doença de pele causada por um pequeno ácaro microscópico chamado Notroedis cati. O parasita 'cava' túneis nas camadas mais profundas da pele causando intensa coceira, o sintoma mais conhecido da sarna tanto em humanos como em animais. Mas é claro que nem todo prurido (coceira) significa sarna. Os animais podem pegá-la no contato direto com outros gatos doentes, ou pelo contato indireto através de cobertores, roupinhas, toalhas, escovas, etc., contaminados. Por isso, no tratamento da doença, é importante não apenas tratar o animal, mas também os objetos usados por ele, lavando-os com água quente e, se possível, passando à ferro em temperatura alta.

Sintomas?
Além da coceira, que pode ser tão intensa que faça com que o animal pare de comer pelo estresse, a sarna causa perda de pelos, descamações e crostas na cabeça, orelhas e patas, podendo alastrar-se para todo o corpo do animal, se não for tratada. 

Cura?
Para diagnosticar a sarna é preciso raspar as ledões da pele do animal, especialmente as áreas com descamações. Ao microscópico, esse raspado de pele irá revelar ácaros ou seus ovos. Muitas vezes as lesões da pele e o histórico são tão característicos de sarna que nem é necessário o exame. Porém, a escabiose pode ser confundida com algumas dermatites que também causam coceira, como as alergias. Assim, antes de iniciar um tratamento contra sarna, o veterinário deve ser consultado para confirmar se realmente trata-se dessa doença.
O tratamento de sarna pode ser feito na forma de banhos usando produtos acaricidas ou loções tópicas, dependendo da gravidade da doença. É importante esclarecer que não existe vacina contra sarna, como pensam alguns. O veterinário poderá optar por medicação injetável para tratar da sarna, mas essa aplicação só deve ser feita por um profissional, uma vez que os produtos podem ser tóxicos. E essa aplicação não tem efeito preventivo como as vacinas e sim curativo.

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